Você e a Alergia Alimentar Crónica: Sabe o que fazer?

A alergia crónica é, das doenças crónicas, a mais comum e, frequentemente, acompanha toda a vida de quem sofre dela. Para olharmos, com mais detalhe, para o caso específico das alergias alimentares, procurámos a Dra. Mary Joe Deakin, nutricionista clínica na nossa Almond Blossom Torres Vedras. A informação que recebemos criou, desde logo, uma vontade acrescida de explorar este assunto, que tem uma abrangência tão vasta e implicações, severas, na saúde de quem pelas alergias alimentares é afectado.

Antes de entrarmos mais profundamente no tema que nos trazia ali, a Dra. Mary Joe certificou-se que sabíamos em que consistia realmente uma alergia alimentar. No fundo, a alergia é uma reacção do sistema imunitário a uma proteína que à partida não é nociva, mas que, como é identificada como um inimigo do organismo, gera uma resposta fisiológica que cria os sintomas do que conhecemos por alergia. Esses sintomas, que variam muito de gravidade, podem incluir vómitos, diarreia, prisão de ventre, dores, reacções cutâneas ou, em casos extremos, chegar a despoletar choques anafiláticos que, se não forem alvo de uma intervenção rápida, podem pôr em risco a vida da pessoa alérgica.

O início de uma condição de alergia crónica pode acontecer desde cedo, logo após o nascimento, como é o caso das alergias ao leite de vaca/cabra/ovelha e, também mais tarde, quando outros alimentos são introduzidos. É, por isso, uma preocupação de quem tem filhos, já que a idade da pessoa alérgica pode ter algumas implicações. Por um lado, uma determinada alergia pode desaparecer ao fim de algum tempo, nos mais novos, mas os alimentos só devem ser reintroduzidos com o aval de uma equipa médica e de um nutricionista. Por outro lado, o desaparecimento da alergia tende a não acontecer quando detectada já na idade adulta, apesar de poder originar reacções menos adversas com o avançar da idade. De qualquer forma, as alergias mais comuns são ao leite, ovos, soja, peixe, crustáceos, amendoim, frutos de casca rija e ao trigo (glúten), pelo que estes alimentos devem ser tidos em atenção, no evento de uma possível condição alérgica.

Tem a certeza de ter o melhor aconselhamento nutricional?

Apesar dos seus perigos, assim como do mal-estar causado pela alergia crónica, viver com esta condição é possível, muitas vezes de forma perfeitamente normal. É aqui que o papel dos nutricionistas se torna de extrema importância, já que integrar a alergia crónica nas nossas vidas tem muitos aspectos comportamentais, que um nutricionista com experiência nesta área fará questão de explicar e acompanhar, de forma a prevenir situações adversas. A correcta detecção do elemento alérgico é fundamental, que pode ser feito por teste cutâneo (SPT), teste ao sangue ou através de um registro da dieta e da sua correlação com os sintomas. No entanto, quando a alergia está identificada, o necessário é, fundamentalmente, a integração de uma maior atenção à alimentação na rotina da pessoa alérgica.

Ler os rótulos de tudo o que se ingere, informar restaurantes acerca da sua condição ou ter atenção à possibilidade de contaminação cruzada, são hábitos que se tornam indispensáveis. Por outro lado, também a reformulação do regime alimentar é essencial, já que se um alimento é retirado da dieta, é necessário introduzir alimentos que substituam os nutrientes em falta. Para além desta vertente “educativa”, um acompanhamento nutricional pode, caso se verifiquem as condições, tentar recuperar o consumo dos alimentos alérgicos, com recurso a desafios alimentares, normalmente efectuados em ambiente hospitalar.

As alergias alimentares crónicas podem ter um impacto negativo na sua saúde e vida. Procure o conselho de profissionais qualificados e não permita que isso aconteça!

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